Maternidade Real: O Peso das Opiniões e a Coragem de Confiar em Si Mesma

Hoje quero abrir um espaço aqui no Mamãe Indica para compartilhar uma parte da minha jornada como mãe — não para ensinar nada, mas para dizer: você não está sozinha.

Minha filha nasceu longe do Brasil, lá no Japão. E, para ser sincera, eu não falava quase nada de japonês na época. Imagina o misto de sentimentos: a alegria da chegada da minha bebê e, ao mesmo tempo, a insegurança de não entender a língua, a cultura, o sistema de saúde. Foi desafiador, sim. Mas também foi transformador.

Graças a Deus e ao meu marido, que esteve comigo em todos os momentos, conseguimos passar por tudo com muita união. Não tínhamos família por perto, nenhuma rede de apoio. Então tive que aprender a me virar, confiar no meu instinto e fazer aquilo que eu acreditava ser o melhor para a minha filha e para a nossa família.


🍼 Quando a maternidade é só sua (e tudo depende de você)

Nos primeiros meses, sem ninguém para “opinar” ou criticar, eu sentia uma certa liberdade — por mais difícil que fosse. Não havia ninguém me dizendo se estava certo ou errado. Apenas eu, meu bebê e meu coração de mãe. Foi nesse silêncio que descobri o quanto somos capazes quando precisamos ser fortes.

Essa experiência me ensinou algo precioso: a maternidade é muito mais sobre intuição do que sobre perfeição. A gente aprende com cada choro, cada sorriso, cada desafio. E não tem manual que substitua esse aprendizado vivido.


🛬 O retorno ao Brasil e o excesso de opiniões

Quando voltamos para o Brasil, veio um novo desafio: as opiniões alheias. Sabe aquele bombardeio de “você devia fazer assim”, “não deixa ela dormir desse jeito”, “isso vai mimar”, “no meu tempo era diferente…”? Pois é.

Não estou dizendo que conselhos não sejam bem-vindos — às vezes são, e muito! Mas o problema é quando as sugestões viram críticas, e as críticas viram culpa. A maternidade, que já é tão exigente, começou a pesar mais do que deveria.

Me vi muitas vezes questionando decisões que antes faziam sentido. Comecei a duvidar do meu jeito de ser mãe, de criar, de cuidar. E isso trouxe uma carga mental muito pesada, que só fui entender de verdade depois.


🧠 Carga mental: o peso invisível que muitas mães carregam

A carga mental materna é silenciosa. A gente segue fazendo, cuidando, resolvendo. Mas lá dentro, o turbilhão: será que estou fazendo certo? Será que estou sendo suficiente? Será que vão me julgar de novo?

Com o tempo, percebi que a opinião que mais importa é a minha, e a da minha família. Quando faço algo com amor e convicção, isso se reflete na forma como minha filha se desenvolve e na leveza com que seguimos a vida.


🤱 Maternidade com escuta e sem julgamento

Compartilho tudo isso porque talvez você também esteja se sentindo sobrecarregada por julgamentos ou conselhos que não fazem sentido pra sua realidade. Talvez esteja ouvindo mais do que devia e se esquecendo de escutar o que realmente importa: você mesma.

Cada mãe é única, cada filho é único. E não existe fórmula pronta para educar, amar, acolher. O que funciona pra uma família pode não funcionar pra outra. E tudo bem.

Receber ajuda é maravilhoso — desde que ela venha com respeito e empatia, e não como um pacote pronto de regras.


💛 Um recado de mãe pra mãe

Se eu puder deixar uma mensagem com esse desabafo é: confie em você. Você é a melhor mãe que seu filho poderia ter. Se você está fazendo com amor, com presença, com intenção — isso já é tudo.

E se em algum momento você sentir que está perdendo a si mesma no meio de tantas vozes, silencie um pouco o mundo lá fora e ouça seu coração. Ele sabe o caminho.

Aqui no Mamãe Indica, queremos ser esse lugar seguro onde você pode ser você — sem culpa, sem máscara, sem manual.

A maternidade real é feita de acertos e erros, de noites em claro e abraços apertados. E ela fica muito mais leve quando somos gentis conosco.


💬 E você, já sentiu o peso das opiniões alheias na maternidade? Como lida com isso? Compartilha com a gente nos comentários!

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